Serei eu o mímico de mim
ou é outro que de dentro me imita?
Cotidianamente o mesmo rito.
Os gestos todos rerrepisados.
Todas as manhãs cedinho eu lavo
as mãos de Pôncio Pilatos,
miro o mesmo velho espelho, e brado
“EIS OS HOMENS!”, legando aos céus
(sempre nublados) o destino: basta um dia
de chuva pra matar a sede de ser mito.
Sossega, vida minha...
Nós voltamos depois de três dias.
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