11.6.14

Serei eu o mímico de mim
ou é outro que de dentro me imita?

Cotidianamente o mesmo rito.
Os gestos todos rerrepisados. 
Todas as manhãs cedinho eu lavo
as mãos de Pôncio Pilatos, 
miro o mesmo velho espelho, e brado 
“EIS OS HOMENS!”, legando aos céus 
(sempre nublados) o destino: basta um dia 
de chuva pra matar a sede de ser mito.

Sossega, vida minha...
Nós voltamos depois de três dias.

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